quinta-feira, 6 de março de 2014

O tear do tempo - Autor desconhecido


A vida do homem é urdida no tear do tempo 

Em um padrão que ele nem mesmo vê, 

Enquanto os tecelões trabalham e as lançadeiras 

Voam até a aurora da eternidade. 

Algumas lançadeiras sustentam fios de prata 

Enquanto em outras deslizam fios de ouro, 

Embora muitas vezes os matizes mais escuros 

Sejam tudo o que se possa ver. 

Mas os tecelões observam com olho hábil 

Cada lançadeira correr de cá para lá, 

E veem o padrão surgir tão destramente 

No movimento lento e certo do tear. 

É Deus decerto quem planeja a trama: 

Cada fio, o escuro e o claro, 

É escolhido por Sua habilidade mestra 

E colocado na urdidura com esmero. 

Ele, que só lhes conhece a beleza, 

Guia as lançadeiras em que passam 

Tanto os fios menos atraentes 


Como os do mais puro ouro. 

Só quando cada tear houver silenciado 

E a lançadeira deixar de deslizar, 

Deus irá revelar a trama 

E a cada um explicar o porquê 

De os fios escuros serem necessários 

Na hábil mão do tecelão 

Tanto quanto os de ouro e prata 

Para a trama que Ele planejou. 

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